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Desfile do Grupo A na Sapucaí

 21/02/2020 - Por Esther Santa Rita

 

Acadêmicos de Vigário Geral

 

      Foi a primeira escola a entrar na Sapucaí com o samba enrredo bem crítico em relação ao governo. Mesmo com o tempo chuvoso conseguiu brilhar, com a comissão de frente, representando o Conto do Vigário de cada dia. O Mestre Sala Jefferson Gomes e a Porta bandeira Paula Penteado vieram de São Paulo e estavam super felizes e orgulhosos de estreiarem em terras cariocas. Para eles estar na Avenida representando uma escola que subiiu para o grupo A  com essa energia que só a escola têm, é muito gratificante.  A fantasia da bateria Swing Puro representou o desejo do negro de ser livre e durante todo o desfile eles deram uma pequena pardinha o que levantou o público no sambódromo.

      Não podemos deixar de comentar também sobre a Rainha de Bateria, Eligi Oliveira que mostrou muito samba no pé, aos 40 anos.

      A escola encerrou o desfile com um tripé com  a escultura de um palhaço representando o Presidente da República. Alguns foliões aprovaram a idéia e outros não. Por isso, enquanto o carro passava pelo setor 2 e 3 foi possível escutar algumas vaias feitas para a escola.

 

 

Fotos: Diogo Nascimento

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Carro Abre Alas (Seres e Habitantes do Paraíso em busca do El Dorado)

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O Meste Sala Jefferson Gomes e a Porta Bandeira Paula Penteado

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Rainha de Bateria Eligi Oliveira

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Carro Alegórico criticando o governo. A escultura um palhaço representando o Presidente Jair Bolsonaro.

Acadêmicos da Rocinha

 

    Foi a segunda escola a entrar na Avenida, com o samba enredo "Guerreira Negra que Dominou os Dois Mundos". A escola retratou a vida de Maria Conga escravizada. O samba é bem forte e a música possui um refrão fácil de decorar que animou a platéia. A comissão de frente trouxe de um lado Maria Conga, líder dos quilombos e do outro Vovó Maria Conga. A coreografia representava a força da mulher guerreira e emocionou o público. 

   Outro destaque foi carro alegórico Abre Alas, que mostrou  o dia do nascimento da princesa Maria Conga, na Africa.

   O primeiro casal de Mestre sala, Vinicius Jesus e a Porta Bandeira Viviane Oliveira fizeram uma apresentação incrível apesar da pista estar molhada, por conta da chuva. Já o segundo casal, de Mestre sala Douglas Rosa e a Porta Bandeira Raquel Pereira, com a fantasia toda branca mas, com um brilho especial simbolizavam a passagem de Maria Conga e era possivel ver através das cores da escola a parte espiritual dela. Sem contar a Rainha de Bateria, Monika Nascimento, que deu um show de apresentação mesmo sob a chuva e mostrou que tem bastante samba no pé. 

   Porém, infelizmente em frente a uma das cabines dos julgadores, a escola fez um grande buraco quando o terceiro carro "Reino das Almas" teve dificuldades de entrar na avenida e Isso pode prejudicar a evolução da escola.

O carnavalesco Marcus Paulo optou por representar a Alma Livre finalizando a passagem da escola na Avenida. 

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Mestre sala, Vinicius Jesus e a Porta Bandeira Viviane Oliveira
Foto: Diogo Nascimento

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Carro Alegórico representando o "Reino das Almas"
Foto: Diogo Nascimento

Unidos da Ponte 

 

 

     A terceira escola a desfilar na sapucaí trouxe a questão do caos na comissão de frente e, o enredo foi sobre os elos da etenidade, explicando sobre a criação do universo, as formas que o homem encontrou para se tornar eterno até o momento em que este mesmo homem, deixa um legado para não mais ser esquecido.

     Em 2019, a chuva atrapalhou bastante o desfile da escola porém, este ano, o Mestre Sala Yuri Souza e a Porta Bandeira Camylinha Nascimento vieram mais que preparados para encantar na avenida e conseguiram. A chuva deu uma pequena trégua e não atrapalhou em nada a coreografia do casal. O segundo Mestre Sala, Paulo Erick e a Porta Bandeira Thainara Mathias, exibiram a história do quebra nozes chamando a atenção do público por ser um conto infantil. Ja o terceiro casal de Mestre Sala, Evangelo Raimundo e Porta Bandeira, Verônica Moura vieram a frente da ala que representa um pequeno passo para a eternidade, dando um show na avenida mesmo com chão molhado. 

      Outro destaque da escola, foi o Carro Abre Alas que veio com a "Morada dos Deuses" onde simbolizava a eternidade através de diferentes tipos de deuses e a bateria do Mestre Vitinho que apresentou a Muralha da China e uma Deusa Chinesa representada pela, Rainha Rosana Farias. Ela trouxe em suas mãos o símbolo da divindade que é a Flor de Lótus.

      Para finalizar, o Carnavalesco Lucas Milato, de 23 anos, que estreiou na avenida com esse tema abstrato, comentou que mesmo sendo o seu primeiro ano na Sapucaí e tendo enfrentado algumas dificuldades, ele acredita que fez um bom trabaho, e aproveitou para fazer um apelo: "O carnaval precisa ser valorizado, a gente precisa de apoio. Isso é uma manifestacão cultural, ele não gera só a cultura, gera empego e conhecimento. nós precisamos de condições de trabalho".

 

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Mestre Sala Yuri Souza e a Porta Bandeira Camylinha Nascimento
Foto: Diogo Nascimento

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Mestre de Bateria: Vitinho
Foto: Diogo Nascimento

Unidos da Porta da Pedra

 

 

    A quarta escola a entrar na avenida fez uma homenagem as baianas com o enredo o que é que a baiana tem? Do Bomfim a Sapucaí. Na Comissão de Frente a Carnavalesca Annick Salmon explorou a esperança de uma raça, onde uma escrava se transformava em baiana. Todas as mulheres eram negras e deram um show na abertura da escola com a coreografia de Carlinhos de Jesus. Logo atrás, toda a elegancia e desenvoltura do casal de Mestre Sala, Rodrigo França e da Porta Bandeira Cinthya Santos que possuem uma dança que só eles tem, sem seguir nenhuma coreografia. 

      Outro detalhe que chamou atenção na escola foi o Carro Abre Alas que trouxe um tigre em um tripe inovando no sabódromo. Maria Laura, esposa do Presidente, veio de destaque no alto do carro representando Iemanjá. A inspiração para a construção desta alegória veio da própria letra do samba enredo "O meu tigre lava a alma na avenida".

       Outro destaque dado pela escola, foi no Carro Alegorico chamado de cardápio sagrado, onde o acarajé teve destaque por ser a comida preferida das baianas. 

          E para finalizar o desfile, a Bateria Libertos sob proteção de Oxalá trouxe Kamila Reis, como Rainha, e deu um show parando em alguns momentos para interagir com o público.

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Maria Laura, esposa do Presidente veio de destaque no Carro Abre Alas
Foto: Diogo Nascimento

Acadêmicos do Cubango

 

 

      A Quinta escola a entrar na avenida trouxe na Comissão de Frente a voz da liberdade. A interpretação de alguns escravos sendo comandados por seu capataz e sendo chicoteados. Uma cena impactante, bem forte de teatro do Patrick Carvalho, representando a luta pela liberdade dos negros nos tribunais. O Tronco de árvore onde um capataz torturava um grupo de escravos se transformou em cenário de julgamento, onde pode ser visto os dois lados da história. enquanto uns eram torturados, um campones tratava sobre a liberdade deles com um juiz.

     Infelizmente logo atrás no Carro Abre Alas, "Reino do Benin", que deveria estar acoplado a outro carro alegórico, se desacoplou e os integrantes da escola tiveram um certo trabalho para arrumar. O carro já passou assim na primeira cabine, no setor 3 e a corrreria foi para que na segunda tudo ficasse resolvido e eles pudessem ficar reconectados. 

    Apesar desse pequeno problema, a escola veio brilhando na avenida com o casal de Mestre Sala Diego Falcão e a Porta Bandeira Patricia Cunha, que com a coreografia da Viviane Martins e alguns toques feitos por eles mesmos mostrou um ótimo entrossamento e interagiram com o público arrancando diversos elogios dos setores por onde passavam durante todo o desfile. 

      A animação dos integrantes e da musa do segundo carro da Cubango, Mariane Marinho, não mudou com mais um problema. Agora, com o segudo carro da escola que representava a "Revolta dos Malês". Um dos cavalos da frente do carro, no lado direito, perdeu uma das patas em frente ao setor 3, o isopor rasgou e para amenizar o problema um grupo de integrantes da escola vieram segurando a parte danificada durante todo o desfile e isso pode tirar alguns décimos da agremiação no fim da apresentação. 

       Encerrando o desfile, os foliões da arquibancada acompanhavam o refrão do samba enredo junto com a Bateria. A lindísima Maryanne Hipólito, Rainha de Bateria, mostrou que mesmo embaixo de chuva estar na avenida é um prazer.

        Apesar dos pequenos problemas que a escola enfrentou com os dois carros, o desfile encerrou dentro do prazo e alguns integrantes de algumas alas comemoraram o bom desfile e a passagem pelo sambódromo. 

 

 

Fotos: Diogo Nascimento

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Carro Abre Alas "Reino de Benin" se desacoplou e integrantes da agremiação se juntaram para resolver

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O Carro "Revolta dos Malês" rasgou e integrantes da agremiação tiveram que carregar parte danificada durante todo o desfile

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Musa da Cubango, Mariane Marinho

Renascer de Jacarépagua

 

        Com o enredo "Eu que te benzo, Deus que te cura", do Carnavalesco Ney Júnior a escola faz uma crítica social, mostrando a importância das benzedeiras, mulheres que intercedem pelo nosso bem. Na Comissão de Frente a agremiação destacou os Pelegrinos da Fé onde, expõem as tragédias ocorridas até hoje, como: Caos na Saúde Pública, a Água, o Petróleo Jogado no Mar, os 80 Tiros da Execução Militar entre outras. A idéia é mostrar as fases negtivas que nós enfrentamos, as tritezas da vida que nos acometem e que as benzedeiras são capazes e mudar esse quadro a qualquer momento desde que a procurem com fé.

        Logo em seguida temos o primeiro casal de Mestre Sala Vinicius e a Porta Bandeira Jack Pessanha. Eles são irmãos, já comemoraram dois títulos por outra escola e estão na avenida em plena sinconia, representando o São Bento. o primeiro benzedor da historia. é só a gente lembrar do ato de Benzer, quando a gente aprende desde pequeno a dizer: Bença mãe, bença vó e eles te respondem: Deus te bençõe meu filho. Vinicius tem um estilo bem peculiar que é só dele e a Jack encanta com o seu dinamismo e perfornance na avenida. A Sincronia dos dois é para conquistar a nota máxima dos jurados. 

        O Carro Abre Alas vem com o tema Sortilégio, todo colorido e com a Suzi Brasil como destaque do carro. Temos também a Luciana Melani, na frente de outro carro representando "minha herança". Alegória esta, que apresentou problema nas rodas da frente. Para manter a harmonia e a evolução da escola os integrates estão tendo que empurrar para evitar buracos e perca de pontos na cabine dos jurados. 

         O casal de Mestre Sala Yuri Gomes e a Porta Bandeira, Juliana Lazaro deram um show de talento na avenida e a Rainha de Bateria Dandara Oliveira, que tem 25 anos de Carnaval, este ano estréia na Renascer de Jacarepágua.

           

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Larissa Reis
Musa da Escola

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Suzi Brasil vem de destaque no carro Abre Alas com tema Sortilégio

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Luciana Melani - Princesa da Escola

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Carro Alegórico "minha herança" quebra as rodas da frente e pode comprometer a escola.

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Primeiro casal de Mestre Sala Vinicius e a Porta Bandeira Jack Pessanha.

 

Imperio Serrano

 


      Foi a última escola a desfilar na avenida. Com o tema: "Lugar de Mulher é onde ela quiser", do Carnavalesco Júnior Pernambucano, a comissão de Frente com o ""Florescido Império das Mulheres", trouxe para a avenida a garra, a força e o empoderamento dessas mulheres imperianas. Logo atrás representando as raizes do povo da Serrinha, o Mestre Sala Matheus Machado e a Porta Bandeira Verônica Lima deram um show na avenida.
     Tudo ia bem. Porém, em meio ao desfile houve um principio de incêndio no carro Abre Alas "Imperianas Presente! Serrinha é o meu lugar" que foi controlado. Segundo a própria agremiação ocorreu um problema na embreagem, sentiram cheiro de queimado, perceberam um pequeno fogo e logo depois o motor parou. Para não prejudicar a harmonia da escola, o carro que é dividido em duas partes teve que ser empurrado com bastante esforço por alguns integrantes da escola. Todavia, mesmo com toda as dificuldades os foliões não perderam a esperança e continuaram cantando e dançando sob o carro.

      Não poderíamos deixar de citar a Rainha de Bateria, Quitéria Chagas que sambando com o seu próprio estilo arrancou gritos da platéira e o segundo casal de Mestre Sala, Yuri Pires e a Porta Bandeira, Maura Luiza que mostraram toda a força e o poder das mulheres repesentado na "Ala Farroupilhas de Anita Garibaldi". Já Fernanda Amara, Musa da escola trouxe a "Força de Maria Quitéria" e a lindíssima Nilce Mel, que também é musa, trouxe o "Ébano Reluzente" mostrando um quilombo alege, colorido e sorridente.

        Outra quesito que avaliamos da agremiação e que provavelmente poderá perder ponto é na fantasia. Já que as baianas entraram na avenida sem a saia e na bateria alguns foliões estavam sem o cocar na cabeça.

      Mesmo com todas essas dificuldades a escola terminou nos 55 minutos exigidos e os integrantes comemoraram o bom desfile.

 

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Foto Divulgação

O carro Abre Alas "Imperianas Presente! Serrinha é o meu lugar" teve um princípio de incêndio que foi controlado.

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